A palavra pedofilia vem do grego παιδοφιλια (paidophilia) onde παις ("criança") e φιλια (philia, "amizade", "afinidade", "amor", "afeição", "atração"), "atração ou afinidade patológica" ou "tendência patológica", conforme o Dicionário Aurélio. A pedofilia, na prática, vai além da acepção cunhada por Aurélio, quer significar ações descontroladas de indivíduos que aliciam menores, na sua grande maioria, crianças desprotegidas, sem nenhuma reação para coibir a prática destes criminosos.
Não poucas vezes, o que facilita a ação dos pedófilos em nossa sociedade é a tremenda impunidade por que passa o país. O Brasil é detentor de uma legislação bastante flexível em que os infratores das leis se sentem à vontade para premeditar, escolher e agredir as suas vítimas, no caso em questão, crianças. Insistimos em destacar aqui “a criança” porque somos os primeiros a propagar por aí o famoso clichê de que “a criança é o futuro da humanidade”. Bem, de fato o é. Mas, se é o nosso futuro, por que não as protegemos, por que não monitoramos suas ações enquanto família, pais e mães, tios e avós? Crianças são frágeis, dóceis, amáveis. Estão, a todo instante, necessitando de carinho e atenção, por isso são tão vulneráveis e expostas a esse tipo horrível de criminalidade, a pedofilia. Cuidemos em acabar logo com isso, se não acabar, ao menos culpar e punir os que praticam tamanha barbárie sexual.
Na verdade, o principal alvo dos pedófilos é as criancinhas, presas vulneráveis destes criminosos que destroem violentamente, sem dó nem compaixão, a integridade não só física, mas também emocional(psiqué) e espiritual dos seres indefesos que são nossas crianças.
A pedofilia é uma chaga aberta na sociedade brasileira que precisa urgentemente ser curada. Curada como? Investigando os casos de incidências ou ocorrências; mapeando as principais suspeitas; rastreando cada palmo de ação destes “delinquentes” ou “maníacos” sexuais que não respeitam suas vítimas inocentes, provocando dor e sofrimento às suas famílias; e, definitivamente, punindo estes criminosos que roubam e matam a dignidade de nossas crianças. A pedofilia é uma ameaça às crianças, e consequentemente à sociedade organizada.
Se observarmos bem, há pedófilos agindo em cada metro quadrado do território brasileiro, onde moramos, até mesmo com quem convivemos, camuflados de bons moços ou boas moças, continuam a agir na surdina ou no silêncio de uma sociedade cúmplice, uma vez que não denuncia estes criminosos. Não é exagero pensar assim, pelo simples fato dos criminosos não irem pra cadeia quando a suspeita é flagrada. Os que ainda vão pra cadeia acabam conseguindo sair e migrar para outras regiões ou locais, onde possam aliciar e agredir, molestar ainda mais suas vítimas através de um sexo violento, forçoso e doentio.
Segundo pesquisas relativas ao parecer da OMS, podemos afirmar que a pedofilia é sim um distúrbio comportamental em que a pessoa adulta sente o desejo compulsivo que envolve meninos e meninas, por crianças ou pré-adolescentes. Tal distúrbio ocorre, na maior parte dos casos, em homens de personalidade tímida, que se sentem impotentes e incapazes de obter satisfação sexual com mulheres adultas. Muitos casos são de homens casados, insatisfeitos sexualmente. Geralmente são portadores de distúrbios emocionais que dificultam um relacionamento sexual saudável.
Por estes e tantos outros motivos que não puderam ser abordados aqui, é que o Seminário Municipal de Florânia se faz oportuno para discutir saídas que desmascarem as ações de pedófilos em nosso meio. Esperamos que seja um momento para discutirmos a pedofilia sob um enfoque social e legal de conscientização e sensibilização da sociedade, bem como suscitar mecanismos de prevenção que impeçam prática tão funesta em nossa cidade.
A partir de agora, mas principalmente dia 14 de dezembro de 2010 às 18h e 30min no Centro Cultural, Florânia em peso dará as mãos ao movimento nacional de TODOS CONTRA A PEDOFILIA!

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia pela UERN e
Especialista em Metafísica pela UFRN

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(Ilustração: Família Simpsons. Homer, alcoólatra e burro, vive querendo ser demitido do emprego; Marge, uma Amélia, dona de casa que vive para a família, tentando levar o marido para igreja e os filhos para a escola; Lisa, a filha modelo; Barth, o oposto de Lisa; Mag, nem fala nem anda, apenas com sua chupeta na boca).

A família, nos últimos tempos, tem sido a mais responsável por críticas quando o assunto é a inversão de valores na sociedade moderna, no entanto, uma voz alardeou o contrário numa entrevista super importante dada à Revista Veja, em outubro de 2008. Esta voz, que ecoa no deserto de uma família dita “falida”, pela ausência da figura ou da autoridade do pai, é a de Luc Ferry, ex-Ministro da Educação na França de 2002 a 2004, filósofo e escritor renomado pela obra “Aprender a Viver” que se tornou best-seller no mundo inteiro.

Atualmente, Luc Ferry, com uma nova obra, vem arrancando suspiros de seus leitores, “Família, Amo vocês”. Nela o autor afirma que “a família é a única entidade realmente sagrada na sociedade moderna, aquela pela qual todos nós, ocidentais, aceitaríamos morrer, se preciso. Os únicos seres pelos quais arriscaríamos a vida no mundo de hoje são aqueles mais próximos de nós: a família, os amigos e, em um número bem menor, pessoas mais distantes que nos causam grande comoção”. Diz ainda o próprio Ferry: “No século XX, o ser humano virou sagrado”.

É por baixo, no mínimo, uma visão um tanto revolucionária. Tal visão vai de encontro a todos os clichês argumentativos sobre a família e sua contribuição para a sociedade, no que diz respeito à construção e revisão de valores, a importância e sentido da família, a instituição do casamento, a prioridade do trabalho, a preocupação com o dinheiro, a necessidade da Religião para famílias e jovens e até mesmo o uso de drogas lícitas e ilícitas que acabam afetando a vida de pais e filhos, esposos e esposas em suas dinâmicas e conflitos familiares.

Ao contrário do que afirma Luc Ferry, a crise na Educação brasileira, o alto índice de dependentes químicos no seio da família, o alcoolismo marcadamente presente na maioria dos casos de conflitos familiares, uma orientação sexual desordenada, infidelidade no matrimônio, uma busca desmedida pelo prazer, famílias inteiras divididas ou fragmentadas pela violência, com pais sem compromissos pelo amor e pela educação dos filhos, bem como o não monitoramento do comportamento dos filhos por meio do diálogo e do relacionamento amoroso são fatores que, inevitavelmente, refletem o descaso para com esta instituição que é o alicerce de uma sociedade que se espera feliz e imune à violência ou a qualquer tipo de exclusão social.

Tudo isso, na minha opinião, apresenta muito mais uma família dessacralizada do que sagrada. Agora, é óbvio que para ser dessacralizada, antes deve-se admitir sagrada.

Mas, não é tão simplista assim o enxergar de Ferry acerca da família, visto que, para ele, a família é a única coisa que resta de sagrado no mundo. Segundo ele, Há vários argumentos que desmentem os clichês hoje propagados sobre o declínio do casamento e o fim da família nuclear. A família na Idade Média era muito mais dividida do que hoje. Havia muito mais pais e mães sozinhos cuidando de seus filhos. Por causa da elevada taxa de mortalidade, as pessoas se casavam mais vezes e tinham mais filhos com outros parceiros. Quem alardeia o declínio da instituição familiar esquece que o divórcio foi inventado junto com o casamento por amor. A partir do momento em que a união entre duas pessoas se ampara apenas na lógica do sentimento, basta que o amor se apague para que outro amor se imponha. A família burguesa é aparentemente estável, mas na maioria dos casos está carcomida por infelicidades. Ela é inseparável de outra instituição: a infidelidade. Muitas mulheres sacrificam a profissão e, em seguida, a vida afetiva por um marido que as engana”.

Portanto, de uma forma ou de outra, a família carrega consigo o apelo de uma geração mais consistente e menos infeliz que lhes assegure saúde, segurança, educação, lazer, qualidade de vida, enfim... Somente a instituição familiar poderá injetar novas energias a uma sociedade altamente promíscua, consumista e desumanizadora, até porque a família é a fonte natural de “energia renovável” nos seus afetos, no amor e no bem querer. Precisamos pulverizar tudo isso pelo mundo a fora, a partir da família, do resgate à família em todos os seus aspectos.


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O que fazer para desconversar algo que pode nos afetar emocionalmente? O que respondemos quando ouvimos algumas perguntas cujas respostas poderão constranger as pessoas ou até mesmo envergonhá-las? Eis algumas questões delicadas para nossa reflexão. Não seria melhor dissimular algumas verdades para o bem da convivência social, para a saúde emocional e para a ética!?

A dissimulação nos círculos de conversas nem sempre é o mais desejável, visto que ficamos com a resposta engasgada, temendo às vezes incomodar a paz do outro com uma verdade mal colocada. Quando o assunto é irritante, a resposta vem de imediato com palavras as mais violentas possíveis. Palavras estas carregadas de raiva podem ferir sem piedade nossos oponentes, bem como expressões cheias de verdades que os constrange, que os envergonha, de modo que a prudência é o melhor caminho nessas horas. Manter a serenidade; escolher bem as palavras; pesar cuidadosamente cada termo pode ser a saída mais sábia que merecidamente não trarão piores consequências para os espíritos comoventes e sensíveis.

É óbvio que não há só espíritos dessa natureza, no entanto, para estes, requer de quando em quando não economizar as dissimulações. Vejo aqui a dissimulação não como uma fuga do assunto em vigor, tampouco uma simples saída de retirada, porém uma estratégia sábia e interessante para amenizar os ânimos exaltados acerca dos problemas delicados do dia a dia.

Preservar as amizades e a saudável convivência social por meio de dissimulações parece-me também, razoavelmente, uma atitude inteligente, na medida em que preservamos nossa integridade e simultaneamente a do outro, do ponto de vista ético, emocional e pessoal.

Gostaria de me fazer entender um pouco mais aqui, se possível, pensando o termo “dissimulação” como indiferença, apatia, imparcialidade e autodomínio em relação a tudo que possa nos afetar negativa e injustamente.

Há um texto do filósofo alemão Heidegger, um dos baluartes da fenomenologia, que escreve sobre a dissimulação a partir da ontologia da verdade. A dissimulação teria uma relação com o “deixar-ser desvelador”. Uma espécie de não-verdade original ou, como segue Heidegger ao dizer: O velamento do ente em sua totalidade”. De fato, como alude este filósofo, a dissimulação dá brechas ao “mistério” que é a dissimulação do que está velado. (Cf. HEIDEGGER. Sobre a Essência da Verdade. Col. Os Pensadores. São Paulo. Nova Cultural, 1991. p. 131).

Todavia, parece-me que aproveito a ideia de dissimulação em Heidegger para forçar um pouco a aproximação psicológica e ética que muitas vezes emana de nós, seja em discussões de ordem familiar, religiosa ou política que de algum modo mexem com nossas emoções provocando as mais diversas reações de raiva, ódio, alteração da voz, alteração do humor, etc...

Certamente, esta não é a ideia exata de Heidegger ao falar da dissimulação, mas não nos custa ouvir o que ele nos diz um pouco mais sobre o assunto. Pois, enquanto não-verdade que domina o homem e o ser-aí, o filósofo afirma a dissimulação: “Nada menos que a dissimulação do ente como tal, velado em sua totalidade, isto é, o mistério. Não se trata absolutamente de um mistério particular referente a isto ou àquilo, mas deste fato único que o mistério – a dissimulação do que está velado – como tal domina o ser-aí do homem”(Ibidem).

Portanto, não há mal algum para os que hão de dissimular sempre que necessário ao bom senso, haja vista que “até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerrar os seus lábios, por sábio”(Pv. 17.28).


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Essas palavras estão fluindo justamente no momento emocionante, não menos dramático, em que o primeiro mineiro do desabamento da mina chilena, no inóspito deserto do Atacama, é resgatado com sucesso. Na iminência do salvamento do mineiro Florencio Ávalos, minha mente divaga até uma história que passou para o patrimônio da imaginação humana, o mito da caverna, escrito por Platão. Obviamente, não tem quase nada a ver com a fatalidade ocorrida no Chile que envolveu 33 mineiros, vítimas de um desabamento que impediu a saída destas pessoas e os forçou a conviver em situações adversas por mais de dois meses no interior de uma mina com uma profundidade de 622 metros.
No entanto, o que me fez lembrar do mito da caverna foi a mudança de ambiente dos mineiros ao serem resgatados. O impacto com a luz será inevitável, muito embora tenham óculos de sombra no resgate e paramédicos por toda parte para prestar auxílio. Voltarão para um mundo que já conheciam e não estavam presos voluntariamente. Não queriam estar lá. Se pudessem escolher estariam fora sem passar pelo risco de morte. Ao contrário dos que estavam presos na caverna de Platão desde à infância, acorrentados, com cabeça e pés voltados para o fundo da caverna, sem ver a luz do sol e, de repente são surpreendidos por um deles que tinha se soltado e logo voltado para contar-lhes o que havia visto, a verdade, a luz verdadeira e não sombras da realidade, objetos perfeitos e não cópias da realidade, o que é e não a aparência do que é. Os outros da caverna de Platão, sabendo da verdade, não quiseram sair da caverna, optaram por ficar lá. Platão chega a dizer que se fossem forçados a sair, algo muito pior poderia acontecer, um sofrimento muito maior estavam sujeitos a passar, sendo levados na subida a cometer um homicídio, a matar quem os forçassem a subir.
Repare que se formos comparar as duas emblemáticas situações, uma imaginativa, ideal, a caverna de Platão, e a outra carregada de realidade, puro acontecimento cheio de drama e tragédia, como é o caso dos mineiros do Chile, veremos semelhanças e diferenças. Mas a relação, se não for uma boa pedida, ao menos é uma boa investida.
Os prisioneiros da caverna de Platão e os 33 mineiros refugiados no ambiente de seu trabalho há quase 70 dias. O certo é que os 33 mineiros vão experimentar a passagem como uma viagem lenta entre o refúgio da mina até a superfície. Assim como a Caverna de Platão, a subida da mina para a superfície não é nada fácil, cheio de escarpas, de riscos, de sofrimentos, de obstáculos, enfim... A mudança de ambiente trará certamente confusão e pouco discernimento das coisas, dos objetos, da natureza, das pessoas, do mundo, porém, com um tempo, a vista e a mente se adaptarão ao novo mundo. Diferentemente dos prisioneiros do mito platônico, os mineiros do Chile experimentaram o medo da morte e a angústia de perderem suas vidas, suas famílias, seu mundo fora da caverna. Ao passo que para os moradores da caverna de Platão só existia aquele mundo, o mundo da caverna. O outro mundo era apenas uma possibilidade, pois estavam acostumados com as sombras, teimando que ali estava toda a verdade.
O mais interessante no resgate dos mineiros do Chile foi a presença das novas tecnologias, celulares lá embaixo, há quase 700m, câmeras que intermedeiam as imagens da mina para fora e de fora para a mina, aparelhos de comunicação em que os técnicos conversavam o tempo todo com a pessoa no momento em que estava sendo retirada da mina dentro de uma cápsula. A comunicação audiovisual faz toda a diferença, porque ajuda a acordar a razão ou a adormecê-la, como no caso moderno de grandes e constantes dosagens, mas na medida certa, pode nos tirar da alienação que é uma caverna modernizada, para não soar anacrônico.
Pois bem, se a diferença mais plausível entre a caverna de Platão e a caverna dos mineiros do Chile é o fator sobrevivência, pois não resistiriam lá embaixo por longo tempo, devido às condições adversas, certamente essa experiência entre a vida e a morte poderá marcar a existência dessas 33 pessoas que passaram por uma forte pressão física e psicológica. A vida dessas pessoas não será mais a mesma, uma vez que a carga de pressão e tensão os fez repensar os valores, reavaliar comportamentos, renovar a visão. Que seja ao menos isso, renovar a visão, limpar a visão, ver a vida de outra maneira, já que o mundo deles não é mais aquele ou não é mais o outro que passou, mas um novo, um mundo melhor, descoberto e redescoberto a partir desta nova experiência, a partir de um confinamento cheio de conflitos, carências e no limite da sobrevivência.
Talvez sejam estes os ganhos de sair da caverna, percorrer a subida, experimentar a mudança, viver seu limite, conhecer-se um pouco mais, sobreviver, chegar ao topo e poder contar tudo isso, “o que uma nova vista nos revela”:

“Essa imagem, caro Glauco, terá de ser inteiramente aplicada ao que dissemos mais acima, comparando o que a vista nos revela com a morada da prisão e, por outro lado, a luz do fogo que ilumina o interior da prisão com a ação do sol; em seguida, se admitires que a ascensão para o alto e a sua contemplação do que lá existe representam o caminho da alma em sua ascensão ao inteligível, não te enganarás sobre o objeto de minha esperança, visto que tens vontade de te instruíres nesse assunto. E Deus sabe, sem dúvida, se ele é verdadeiro! Eis, em todo caso, como a evidência disto se me apresenta: na região do cognoscível, a ideia do Bem é a que se vê por último e a muito custo, mas que, uma vez contemplada, se apresenta ao raciocínio como sendo, em definitivo, a causa universal de toda a retidão e de toda a beleza; no mundo visível, ela é a geradora da luz e do soberano da luz, sendo ela própria soberana, no inteligível, dispensadora de verdade e inteligência; ao que eu acrescentaria ser necessário vê-la se se quer reagir com sabedoria tanto na vida privada quanto na pública.”(Livro VII, A República de Platão) Prof.: Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos


em que dirás: Não tenho prazer neles;


antes que se escureçam o sol e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;


no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já


serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas,


e as portas da rua se fecharem; quando for baixo o ruído da moedura, e nos levantarmos à voz das aves, e todas


as filhas da música ficarem abatidas;


como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho; e florescer a amendoeira, e o


gafanhoto for um peso, e falhar o desejo; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão


rodeando pela praça;


antes que se rompa a cadeia de prata, ou se quebre o copo de ouro, ou se despedace o cântaro junto à fonte, ou


se desfaça a roda junto à cisterna,


e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.


Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.


Além de ser sábio, o pregador também ensinou ao povo o conhecimento, meditando, e estudando, e pondo em


ordem muitos provérbios.


Procurou o pregador achar palavras agradáveis, e escreveu com acerto discursos plenos de verdade.


As palavras dos sábios são como aguilhões; e como pregos bem fixados são as palavras coligidas dos mestres,


as quais foram dadas pelo único pastor.


Além disso, filho meu, sê avisado. De fazer muitos livros não há fim; e o muito estudar é enfado da carne.


Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o


dever do homem.


Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.


Eclesiastes 12.1-14.



Definitivamente, não nos conformamos com a morte. Toda vez que alguém morre sem deixar rastros de explicação, sem deixar motivos para isso, e mesmo que, para alguns, razões ainda possam existir, ela não é o fim, sobretudo, quando se trata de alguém que prestou intensos serviços no ofício da medicina, alguém que passou mais da metade da vida dedicado à arte de devolver a saúde às pessoas, alguém que estava se tornando o que era pelo que fazia: Um pequeno, mas grande homem; Um pequeno, mas enorme coração; Um pequeno, porém gigante Médico.
Repare bem que perdemos um amigo e um Médico de conduta impecável, cujo respeito acompanhava a sua profissão. Tínhamos não só respeito, mas também admiração por ele. Nos instantes mais duros, com problemas de saúde, sabíamos que tinha alguém para nos apoiar, alguém que se importava conosco, alguém que nos entretinha mesmo nos momentos mais duvidosos da nossa existência. Talvez Dr. Aurélio tenha perdido as contas, em quase 40 anos de médico aqui em Florânia, das inúmeras alegrias que proporcionou às pessoas; das incontáveis vidas que ajudou a por no mundo; e de tantas que salvou à beira da morte.
Sim, acredito que deva ser esta a impressão de todos aqueles que passavam diariamente pelas mãos ou pelos cuidados do Médico Dr. Aurélio na Cidade de Florânia, seja para um cumprimento, seja para um conselho ou até mesmo para uma consulta. Era um abnegado por sua profissão que a tinha como vocação. Não correspondia aos apelos da medicina só porque tinha um salário a receber no final do mês, mas porque tinha um compromisso com a vida, com a história das pessoas, tanto é que sabia detalhadamente o histórico de cada um dos seus pacientes, pois fazia questão de conviver com os seus prontuários, conhecia cada palmo dos sentidos vitais de seus pacientes, de modo que estabelecia com eles uma relação de puro compromisso profissional. Não relutava aos pedidos de ajuda nas horas de maior urgência para a população, quando da escassez de médico na cidade. Não murmurava quando sabia que a sua assistência podia fazer a diferença num único e exclusivo momento de socorro. Antes de tudo, era um médico presente e solícito, principalmente nas urgências que chegavam inúmeras vezes a bater a porta da sua casa ou a tocar o telefone.
Não são poucas as vezes que queremos fazer a diferença na vida com algo extraordinário, mas com Dr. Aurélio, simplesmente o rotineiro é que estava sendo absolutamente extraordinário. Sempre desempenhou eficazmente seu papel como principal médico da Cidade de Florânia. E isso é uma unanimidade para todos. Será difícil para o floraniense entrar na Maternidade(APAMI) e não ver mais Dr. Aurélio. Também ir ao Centro de Saúde e lá não poder vê-lo. Até mesmo ao redor da Praça e da Matriz, onde dava suas constantes caminhadas, será difícil passar por lá e não poder vê-lo. Na verdade, será duríssimo para o floraniense conviver com a ausência de Dr. Aurélio.
Resta à vida agora nos dar a saudade não só do homem José Aurélio, mas do Médico, do Professor, do Político, e principalmente, do Amigo, DR. AURÉLIO.
Portanto, a sua gentileza e a sua docilidade fizeram-me lembrar de uma passagem bíblica que diz: “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos”(Pv. 16.24).


Saudades,


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Num mundo de valores invertidos, não é tão fácil ouvir a intensidade da voz do Mestre: “Não há bom, senão um só que é Deus”(Mt 19.17). Só Deus é bom ou mais que bom. Seria desafiar a própria estrutura das coisas arrumadas com base no relativismo e na fragmentação de todos os valores. A voz de Cristo entra na vida humana, tal como a flor de Drummond que teima em nascer no chão do asfalto. Se é difícil imaginar uma flor nascer na terra dura de um asfalto, avalie então a unidade formidável do bem que é Deus poder entrar no emaranhado mundo de valores relativos, que urgentemente precisa ser revisto.
As pessoas sentem-se paralisadas com um consumismo compulsivo. Há gente por aí que sai de casa para comer comida de casa. Compra as mesmas coisas apenas para satisfazer seu sujeito de desejo, simplesmente para massagear o seu ego. Procuram-se lugares de prazer intenso quando o único lugar é dentro de nós mesmos numa comunhão indissociável com o uno, a unidade absoluta e indestrutível, Deus.
Infelizmente, não se ouve mais essa voz que não quer e não pode, também não deve calar. “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me”(Mt 19.21). Antes desse apelo do Mestre, o jovem rico se perguntava sem cessar: “(...) que me falta ainda?”. A resposta estava ali, incrivelmente presente na pessoa de Jesus, bem como o chamado à unidade absoluta.
A pergunta do jovem a Jesus é avassaladora, uma vez que pontua admiravelmente a extensão da ansiedade humana. Não somente em dado momento o homem se pergunta pelo que falta, porém em todos os momentos do curso da história, pois é a marca do quanto se é insaciável, do quanto se é insatisfeito.
A insatisfação, a sede, a procura, a falta é a marca da sociedade presente. Mas, não são as roupas, não são as compras, não são as comidas, não são as bebidas, tampouco o dinheiro, muito menos qualquer bem em particular que possa imediatamente trazer-lhe saciedade e realização pessoal ou autossatisfação, é seguir o apelo do Mestre: “Um só é bom”. Deixe-se atrair pelo Bom, pelo Único, pela Totalidade, pelo Infinito. Seguir a Jesus implica ouvir a sua voz que não é a voz da multidão, que não é a voz da ilusão, que não é a voz de falsas verdades.

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Quando se encontra com o movimento e os trejeitos de capturar a natureza do ser em Emmanuel Lévinas, descobre-se não só a importância que ele dá à ética, como também à Palavra de Deus, sobretudo em tempos que equivocadamente, a meu ver, exclui-se a relação da Filosofia com a Revelação divina. Acredito que essa aproximação traz uma riqueza formidável para o alargamento de nossa compreensão do mundo e da Natureza do ser.

Para Lévinas, deve-se por em questão a “essencial natureza”[1]. O que Lévinas quer fazer é dar uma reviravolta no pensamento de sua época. Conheceu Heidegger, Sartre. Fora aluno de Husserl e contemporâneo de duas grandes guerras mundiais do Século passado. Não bastasse isso, Lévinas propõe superar seus contemporâneos, de tal modo que rompe com o subjetivismo individualista e psicológico de seus colegas de discussão filosófica. Dá à fenomenologia todo um estranhamento que lhe é própria.

Sua visão parte do outro homem. Pra começar, Lévinas desconstrói uma metafísica inteiramente emotiva e caminha em direção à liberdade do outro, do rosto do outro, descobrindo aí o próprio âmago do fenômeno, um excedente de significação que chama de “glória”[2]. A superação de Lévinas tem uma saída que passa pela “glória”, a qual lhe suplica, reclama, convoca responsabilidade. Uma súplica, uma reclamação e uma convocação bastante coerente à sua visão do rosto de outrem. Daí, uma pergunta se faz oportuna: “Não se deveria chamar palavra de Deus esta súplica ou esta interpelação ou esta convocação à responsabilidade?”[3].

Mas Lévinas recorre à palavra glória nesta obra, é bom que se fique claro, para falar do rosto que é, segundo ele, o excesso de significado pelo outro. Chegar ao extremo pelo outro. “A orientação da consciência sobre o ser na sua perseverança ontológica ou no seu ser-para-a-morte, em que a consciência está segura de ir ao extremo – tudo isto é interrompido frente ao rosto do outro homem. É, talvez, este além do ser e da morte que significa a palavra glória, à qual recorri ao falar do rosto”[4].

Lévinas parece entender “glória” quase como um grito da natureza. Para lembrar Spinoza, o próprio Lévinas afirma: “O humano por detrás da perseverança no ser”. Em outras palavras é ver o humano por trás do “conatus” de Spinoza, como se a natureza ficasse nua diante de nossos olhos.

Vejamos, assim, o que Lévinas fala do natural para endossarmos esta ideia: “No natural do ser-ao-qual-importa-seu-próprio-ser, em relação ao qual todas as coisas, como o que está ao alcance da mão, como utensílio – e até o outro homem – parecem tomar sentido, a essencial natureza põe-se em questão. Reviravolta a partir do rosto de outrem em que, no seio mesmo do fenômeno em sua luz, significa um excedente de significância que se poderia designar como glória que me interpela e me ordena”[5].

Todavia, se a crise de seu tempo encontrava-se numa autonomia do eu que nega toda alteridade pelo assassinato ou pelo pensamento englobante e totalizante geradores de guerras e conflitos entre os povos, é preciso então erradicar a deposição pelo eu de sua soberania de eu: “Na deposição pelo eu de sua soberania de eu, sob sua modalidade de eu detestável, significa a ética, mas também, provavelmente, a própria espiritualidade da alma e, certamente, a questão do sentido do ser, isto é, seu apelo à justificação”[6].

Portanto, a deposição do eu(mesmo) como eu(outro) ou do velho eu a um novo eu também se inscreve assim: “A maravilha do eu reivindicado por Deus no rosto do próximo – a maravilha do eu desembaraçado de si e temente a Deus – é assim como a suspensão do eterno e irreversível retorno do idêntico a si mesmo”[7].

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva.

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[1] LÉVINAS, Emmanuel. Entre Nós. Ensaios sobre a alteridade. Rio de Janeiro, Petrópolis: Ed. Vozes. 2004. pág. 196.

[2] Ibidem.

[3] Ibidem.

[4] Ibidem.

[5] Ibidem, pág. 175.

[6] Ibidem.

[7] Ibidem, pág. 176.



Uma das belíssimas, não menos importantes que tantas outras, passagens bíblicas situada no Livro do Gênesis, revela-nos a luta do Patriarca Jacó com o anjo. Vejamos cuidadosamente o texto em questão: “E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque. E tomou-os e fê-los passar o ribeiro; e fez passar tudo o que tinha. Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia. E, vendo que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa; e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se me não abençoares. E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. Então, disse: Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel, pois, como príncipe, lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. E Jacó lhe perguntou e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa. Por isso, os filhos de Israel não comem o nervo encolhido, que está sobre a juntura da coxa, até o dia de hoje, porquanto ele tocara a juntura da coxa de Jacó no nervo encolhido”(Gn. 32. 22-32).

Lendo esse texto, lembro-me de uma expressão valiosíssima de Ezra Pound que eleva a imagem da cena de qualquer escrita. Em se tratando mais ainda da Sagrada Escritura, cabe muito bem o seu dizer ao afirmar que “é melhor produzir uma imagem na vida do que obras volumosas”. Ou seja, ela está enfatizando a qualidade do texto e não a sua quantidade, o que é formidável. Depois, a luta de Jacó com o anjo representa o sinal do homem que deseja ardentemente a Revelação de Deus; uma verdadeira luta, cuja conquista é a visão. Jacó está lutando por uma visão de Deus. O episódio da luta de Jacó com o anjo significa afirmativamente a busca pelo conhecimento do Mistério da realidade; Uma busca pelo conhecimento do rosto secreto da realidade.

Deus, quando se revela, deixa na carne de Jacó uma ferida que é a marca de sua presença; um marco de Deus na história de Jacó. Após a luta, Deus muda a carne, o nome de Jacó que vai se chamar Israel. Portanto, Deus muda a natureza de Jacó. O poder de Deus é tão maravilhoso e majestoso que se afirma na mudança de seu servo Jacó, uma vez que vê o “sol sair” novamente sobre ele. Tão radical é a mudança que antes não percebia sequer o sol nascer em sua vida, agora a imagem do sol no texto quer dizer uma mudança de percepção. A luz de Deus passa a brilhar sobre a vida de seu servo.

O impressionante desse texto bíblico encerrado com a conquista de Jacó - “Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva”- é sua capacidade de nos remontar ao Novo Testamento. Peguem pela memória. Quem não lembra as expressões: “gerados de novo” em 1Pd. 1.3-5; “Novo Nascimento” em Jo. 3 com Nicodemos; “Nova criatura” em 1Cor. 5,17 com Paulo. São experiências equivalentes que nos mostram o desejo de mudança de vida, em contextos diferentes, pois nestes Deus é já verbo encarnado enviado pelo Pai para nos salvar. E, embora vendo Deus participar de suas vidas, a mudança ou a conversão é rejeitada por muitos. Infelizmente, é a experiência de inúmeros cristãos ainda hoje, após milênios do acontecimento Cristo em suas vidas, relutam em aceitar a Cristo como o Senhor de suas vidas.

Jacó, diga-se de passagem, é um destemido, pois, mesmo sem o Cristo histórico presente em sua vida, lutou incansavelmente em busca de um sinal para descobrir o rosto da realidade, o sentido das coisas, isto é, o rosto de Deus. A vida do homem, permitam-me dizer, consiste nesta luta para descobrir o rosto escondido da realidade. A luta de Jacó com o anjo é também a nossa luta para descobrir as inteligências por trás dos sentidos. As essências por trás das aparências. O uno por trás do múltiplo. A alma por trás do corpo. A graça por dentro da lei. A liberdade por dentro da necessidade. A verdade por trás da mentira. O bem ao invés do mal, a ética por trás da moral, enfim... A dignidade do homem está na tentativa de descobrir o mistério desconhecido; o homem anseia por uma revelação; “Qual o teu nome? Mostra-me o teu nome”; é a pergunta de Jacó. O anjo não se revela, mas o abençoa. A bênção é sinal da presença de Javé como também a transformação do nome de Jacó em Israel e a ferida na coxa.

Finalmente, o presente texto, assim como tantos outros da Bíblia, mostra evidentemente que a Revelação de Deus é mais uma vez um fato real, concreto e incontestável como uma ferida, sinal da presença de Javé. Qualquer coisa agora fazia perceber a presença de Deus que o teria alcançado e marcado naquela luta.


Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva

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