Foto: túmulo vazio, jardim do túmulo em Jerusalém

A cena da última ceia de Jesus foi reveladora. As declarações do Mestre lidas hoje nas Sagradas Escrituras são impactantes, mas ditas por Ele naquela ocasião nem pareceram tão reveladoras. Até que mereciam ser consideradas com mais importância pelos discípulos, mas não foi assim que aconteceu. Ou os discípulos dissimularam tais declarações, ou simplesmente não entenderam nada, como dizem os mais afinados ao assunto. Apavorados com os sussurros que se ouviam a respeito da possível prisão e morte de Jesus, os discípulos assimilaram pouca coisa do que disse o mestre naquele dia.
Como se não bastasse o que Jesus havia sinalizado quando do início dos discursos das dores em Mateus acerca do seu tempo que já está por terminar e de outras fortes palavras do tipo “não ficará pedra sobre pedra”, a última ceia e sua prisão, bem como toda a sua paixão são recheadas de grande simbologia que vale a pena Lembrar. A sutilidade do mestre é encantadora. O roteiro da sua morte e ressurreição parecia está sendo escrito enquanto viviam. Em tudo o que Jesus diz, literalmente ou não, há um fundo de mistério. Os pares claridade e obscuridade, luz e sombra, dia e noite, céus e terra, graça e pecado, vida e morte parecem ser a trama de todo roteiro. Quanto mais se aproxima o tão aguardado acontecimento de sua morte, Jesus, volto a dizer, faz cortantes declarações na sua última ceia. Quem não se lembra do que está escrito nos seus evangelhos(!). Em meio ao ar apreensivo e temeroso dos seus amigos, Jesus, intencionalmente, deixa escapar da sua boca que um deles há de traí-Lo, sem mencionar quem era. Mas, Judas, o Iscariotes, não se deu por satisfeito e assinou sua confissão de culpa: “Acaso sou eu, Mestre?”. Seguidamente, a humanidade de Jesus de Nazaré não conteve o seu eu divino que continuava a falar: “Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo, antes que três vezes negues que me conheces”(Lc 22.34). De fato, o teor dessas e de outras declarações que Jesus fez são carregadas de anúncio, porque é muito próprio do anúncio o falar e o acontecer. À medida que Jesus falava, as coisas iam acontecendo simultaneamente. Pouco tempo, muito pouco tempo depois iam se sucedendo os fatos, a traição e a negação. A traição já vinha sendo preparada por Judas, enquanto que a negação veio da insegurança de um “Pedro” pré-pascal ainda medroso. Aí é que está, após a Ressurreição, aos olhos humanos, a cena ganhará vida ou mais vida ainda.
Nestes dias mais fortes em que memorizamos a paixão,“páthos”, de Cristo, não só por que intitularam esta semana como santa, mas pela qual recapitulamos todo o sofrimento sobre-humano apontado para a glória, para a ressurreição. É no hoje de nossa história que temos a graça, a feliz “virtùs”(oportunidade), para reviver e adorar tudo isso numa unidade de sentido, cujo movimento nasce dos acontecimentos pré e pós-pascais. Dizia Jesus que sua glória era esta: Dar a vida pela salvação de muitos. E nós o glorificamos por ter completado a obra que o Pai lhe confiara. Jesus Cristo estava obcecado por uma missão profetizada por Isaías: “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar a liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado”(Is 61.1-3). Sem a Ressurreição ou o cumprimento desta vasta missão de Jesus, jamais teríamos acesso à alegria definitiva, eterna, do Reino de Deus. Lembro-me de um estalo do poeta Manoel de Barros que acertadamente falou do presente da Eternidade, “encostada em Deus”.
A profecia, mostrada acima, é um maravilhoso projeto de vida, de Deus para seu único Filho. Um projeto muito definido com suas ações e metas: Ungir; Libertar; Consolar; Ordenar... Projeto este que deixa, simultaneamente, claro e obscuro o seu objetivo. Deus falou também por Isaías sobre o objetivo do Projeto da Salvação. Que objetivo era este? A salvação, que implica a morte e também todo este suplício pelo qual passou Jesus. Não à toa, Deus fala com o seu Profeta que o servo de Javé, isto é, o Filho do Homem não abrirá sequer a boca ao sofrer pela salvação do mundo; nenhum de seus ossos será quebrado, e assim aconteceu; tão desfigurado vai estar que não terá aparência humana, e assim aconteceu. Quanta dor, quanta paixão sofrida pelo mundo, por amor a nós. Amou tanto o mundo que nos deu seu único Filho!(Cf. Jo 3.16)
Todavia, para contrariar ainda mais a natureza humana dos discípulos e dos que acompanhavam o Mestre para cumprir todas as Escrituras, o túmulo, arranjado pelo senador romano José de Arimatéia, zelado com todo carinho e tristeza pelas mulheres da família de Jesus e outras mulheres, permanecia vazio, confirmando a verdade das palavras do Senhor. O que muitos sabiam e poucos não criam, de fato, aconteceu. Jesus Ressuscitou! Aleluia! “E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite”(Lc 24.5-7).
Vejam que só depois que tudo isto aconteceu, para não dizer mais, é que os discípulos, chocados e perplexos, lembraram-se de tudo o que Jesus havia dito acerca destas coisas. Talvez, não soubessem o quanto o Senhor ainda iria se manifestar para mostrar a sua glória, mas o certo é que muitos de nós, mesmo hoje, após séculos e séculos de distância do Jesus histórico, ainda não somos capazes de nos deixar mover pelas lembranças e pelas memórias trazidas pelo poder, agora, do Espírito do Senhor. Não importa o tempo, é preciso lembrar destas coisas, senão faremos o mesmo que seus discípulos, vendo-o passar desapercebidamente.

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia pela UERN e Especialista pela UFRN.
Páginas na internet:
www.twitter.com/filoflorania



O homem já nasce com uma necessidade de vencer, conquistar.
A escravidão não é natural. Nossa mente funciona a partir do ponto de vista do caçador, e não da presa. Fomos feitos para dominar sobre as obras das mãos de Deus. Por isso, o leão e o elefante são subjugados pelo homem.

“E Deus os abençoou e Deus lhes disse:
Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a
terra, e sujeitai-a; dominai sobre os peixes
do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre
todo o animal que se move sobre a terra.”
(Gênesis 1.28)

O homem anseia por grandeza. Temos obsessão por expandir, crescer e melhorar. Nascemos para o lugar alto. Nós instintivamente nos movemos em direção ao crescimento: espiritual, mental e financeiro.
A semente da necessidade foi plantada pelo Criador em nós. Deus fez de si mesmo uma necessidade para a felicidade humana. Tal como a peça faltante do quebra-cabeça, o retrato da vida não faz sentido até que o Criador seja incluído nele.
“Um verdadeiro vencedor jamais anuncia ou amplia suas fraquezas.”
Você foi feito para relacionar-se. Os ouvidos demandam sons, os olhos exigem o que ver, a mente requer imaginação, o coração procura companheirismo. Ter ou não um relacionamento com Deus é o que determina o fracasso ou o sucesso de alguém.
Lembre-se: popularidade não é sucesso; é ter pessoas gostando de você. Felicidade é você gostar de si mesmo. Sucesso implica felicidade. Felicidade é sentir-se bem a respeito de si mesmo. Não é necessariamente ter fama, dinheiro ou boa posição social. Implica o conhecimento e a consciência de seu valor aos olhos de Deus.
Você está aqui na terra para um propósito. Foi concebido e equipado para uma missão específica, e precisa discernir e desenvolver as habilidades que recebeu de Deus. Ele investiu em seu nascimento. E só quando esses dons forem utilizados corretamente você sentirá e saberá o quanto Deus valoriza você.
Pense nisso.
Moisés, o grande líder, foi um vencedor. Ele nos deixou dois versículos fascinantes em Deuteronômio 32.13,14, quando descreveu grandiosas bênçãos de Deus para seu povo:
“Ele o fez cavalgar sobre as alturas da terra
e comer as novidades do campo; e o fez
chupar mel da rocha e azeite
da dura pederneira, manteiga de vacas
e leite do rebanho, com gordura dos
cordeiros e dos carneiros que pastam em
Basã e dos bodes, com a gordura da flor do
trigo; e bebeste o sangue
das uvas, o vinho puro.”

Tenha esta imagem presente em sua mente: o sumo das uvas. Você nasceu para saborear as uvas da bênção. Enquanto alguns gastam o seu tempo discutindo o tamanho dos gigantes e dos seus problemas, os vencedores se atrevem a alcançar as uvas das bênçãos prometidas por Deus.

Texto de Mike Murdock, in Sabedoria para Vencer: sua sabedoria determina sua força; sua força determina sua resistência; sua resistência determina seu sucesso. Rio de Janeiro, Central Gospel. 2010. p. 65-68.


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